Segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2022
09 - Diplomacia para evitar conflito na Ucrânia
Volodymyr Zelensky (presidente da Ucrânia) |
Emmanuel Macron (presidente da França) |
Vladimir Putin (presidente da Rússia) |
O presidente francês Emmanuel Macron se reúne nesta segunda-feira (7) com o colega russo Vladimir Putin, enquanto o chanceler Olaf Scholz terá um encontro em Washington com o presidente americano Joe Biden, para tentar reduzir a tensão na crise da Ucrânia. Macron, cujo país tem a presidência semestral da União Europeia, deve desembarcar em Moscou à tarde e, depois da entrevista com Putin, ambos concederão uma entrevista coletiva conjunta, informou o Palácio do Eliseu. | Chancelar Alemão |
Também nesta segunda-feira, os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, República Tcheca, Eslováquia e Áustria viajarão a Kiev, que no domingo tentou minimizar as previsões americanas de Moscou intensifica a preparação para uma incursão em grande escala na Ucrânia.
Autoridades americanas afirmaram que a Rússia mobilizou 110.000 soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia, mas as avaliações do serviço de inteligência não determinaram se os planos do presidente russo, Vladimir Putin, são de invadir o país.
As fontes americanas apontaram que a Rússia está a caminho de reunir uma força de quase 150.000 soldados para uma invasão em grande escala em meados de fevereiro.
Desta maneira, a Rússia poderia tomar a capital Kiev em 48 horas, em uma operação que poderia matar até 50.000 civis, 25.000 soldados ucranianos e 10.000 militares russos, com uma onda de até cinco milhões de refugiados, de acordo com os funcionários da inteligência americana.
Além do potencial custo humano, a Ucrânia teme um grande dano a sua já abalada economia.
A Rússia quer garantias da Otan de que a Ucrânia não entrará para a Aliança e deseja que o bloco do Atlântico Norte retire suas forças dos países membros do leste europeu.
- “Previsões apocalípticas” -
Moscou nega a intenção de invadir a Ucrânia e um conselheiro presidencial de Kiev afirmou que as possibilidades de uma solução diplomática são “consideravelmente maiores que a ameaça de uma escalada”.
O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, tentou minimizar o cenário ao afirmar no Twitter: “Não acreditem nas previsões apocalípticas. Diferentes capitais têm cenários diferentes, mas a Ucrânia está preparada para qualquer cenário”.
O presidente francês Emmanuel Macron visita Moscou nesta segunda-feira e viajará a Kiev na terça-feira para tentar reduzir a tensão.
Muitos esperam que ele promova um plano de paz estagnado para o conflito de vários anos com os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
A viagem é uma aposta política para Macron, que tentará a reeleição em abril.
Ao mesmo tempo, o chanceler alemão Olaf Scholz se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington.
“Trabalhamos de maneira forte para enviar à Rússia uma mensagem clara de que pagará um preço elevado em caso de intervenção na Ucrânia”, declarou Scholz em uma entrevista ao jornal Washington Post.
Biden ofereceu 3.000 soldados de seu país para fortalecer o flanco leste da Otan, e parte do contingente chegou à Polônia no domingo.
Mas o conselheiro de Segurança Nacional de Biden, Jake Sullivan, disse ao canal Fox News no domingo que o presidente “não está enviando forças para iniciar uma guerra ou travar uma guerra com a Rússia na Ucrânia”.
“Enviamos forças a Europa para defender o território da Otan”, explicou.
Scholz afirmou no domingo que Berlim está preparado para enviar mais soldados aos países bálticos, além dos 500 que já estão na Lituânia com uma operação da Otan.
Scholz viajará a Moscou e Kiev na próxima semana para conversar com Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.